A promissora geração que desponta no País para a Copa de 2014 terá um duro teste em Londres. Se for mantida a escrita, a campanha na Olimpíada vai determinar o fracasso ou o reforço do projeto de renovação do time brasileiro, proposto por Mano Menezes. Para Neymar, Ganso e cia., o ouro é a chance de apagar o fracasso no primeiro teste dessa geração, na última Copa América.
Após a derrota para o Paraguai no torneio da Argentina, no ano passado, as críticas pesaram sobre nomes mais experientes, como Elano, Daniel Alves e Robinho. Desta vez, porém, a responsabilidade é toda da garotada.
Com o peso de buscar um título inédito, a cobrança costuma ter reflexos. Em 2008, por exemplo, a derrota para a Argentina quase derrubou Dunga. E a consequência para o elenco foi visível dois anos depois: apenas o volante Ramires e o zagueiro Thiago Silva, dos 23 jogadores que estiveram em Pequim, foram lembrados na convocação para a Copa da África do Sul, em 2010.
O principal desafio para Mano é equilibrar um time tão desigual. Do meio para a frente, além de Neymar e Ganso, há opções em ascensão como Oscar e Leandro Damião, do Internacional, e o são-paulino Lucas. O problema é que a defesa na conquista do Sul-Americano Sub-20, que classificou o time para Londres, era formada por nomes como os zagueiros Juan, ex-Internacional, e Bruno Uvini que treina com o time B do Tottenham.
Por isso, Mano já avisou que vai usar o direito de convocar três jogadores com mais de 23 anos. Os mais cotados são David Luiz, Thiago Silva e Dedé, principais nomes de defesa para o Mundial de daqui a dois anos.