Provavelmente, na próxima semana, a empresa Novaes Engenharia de São Carlos começará em Dracena o plano de perda de água em todos os setores da cidade. A empresa foi contratada pela Emdaep, após vencer a licitação para fazer os devidos levantamentos no consumo de água, tanto na área comercial como residencial, incluindo os distritos de Jaciporã e Jamaica.

A informação é de Vanderlei Biazini, presidente da Emdaep, que ontem de manhã passou detalhes à reportagem sobre a importância desse plano para Dracena. Biazini disse que o plano (levantamento) feito por engenheiros vai mostrar um diagnóstico da rede, cadastro das ligações e terá condições de apontar onde existe mais perda de água, capacidade dos reservatórios, evasão dos poços e a topografia de todos os setores.

“É um trabalho de engenharia hidráulica e elétrica”, comentou o presidente da empresa, destacando que, apesar dos investimentos em bombas e na rede, ainda existe déficit no armazenamento. Ele explicou que o plano vai direcionar onde existe a necessidade de investimentos nos próximos cinco anos.

Biazini ressaltou que desde 2009 a perda de água na cidade era de 39%, agora, esse índice caiu para 25 a 27%, bem próximo do padrão nacional que é de 25%. “Esse índice de corrente de pequenos e grandes vazamentos, entre outras causas, é um desperdício de água e temos que reduzir ainda mais, já que o padrão mundial é de 15% em países como Japão e Noruega. O objetivo é chegar bem perto disso”, afirmou.

O presidente da Emdaep explicou ainda que o plano é uma exigência dos governos federal e estadual, já que para firmar alguns convênios é preciso o levantamento feito por um técnico e engenheiro responsável. Segundo Biazini, os governos não liberarão os recursos para os municípios onde não houver esse plano.

Disse ainda que o plano sobre a perda de água vai custar R$ 147.618,53, sendo R$ 98.904,42 de recursos liberados em 2010 através de convênio com o Estado e os R$ 48.714,11 restantes, oriundos da própria empresa.

O consumo de água no verão varia muito em Dracena. Em dias de chuva e frio, diminui porque as pessoas lavam menos as calçadas. Em janeiro deste ano, o consumo foi de 251 mil metros cúbicos de água, menos do que em dezembro do ano passado, quando foram consumidos 319 mil metros cúbicos. Em novembro, o índice foi de 237 mil metros cúbicos.