A missa de quarta-feira de cinzas reuniu centenas de fiéis nas paróquias de Dracena, dando início ao tempo da Quaresma, período de 40 dias em que os católicos fazem penitência. Como em todos os anos, também foi lançada a Campanha da Fraternidade que este ano traz o tema “Fraternidade e Saúde Pública”.
Na paróquia São Francisco de Assis, a missa foi presidida pelo padre José Ribeiro que marcou a testa dos participantes com cinzas, num sinal de penitência e conversão. O padre também ressaltou o período de preparação do fiéis para comemorar a Páscoa.
CAMPANHA – Em todo o país, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou na quarta-feira (22) a 49ª Campanha da Fraternidade, que pretende sensibilizar os fiéis sobre a situação das pessoas que enfrentam longas filas de atendimento e falta de vagas em hospitais públicos do país.
Para o secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, não é exagero dizer que a saúde pública no país não vai bem. De acordo com ele, é preocupante a decisão do governo de cortar cerca de R$ 5 bilhões da área de saúde. A entidade critica ainda a escassez de recursos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS).
O texto da campanha compara os gastos da saúde no Brasil com o de alguns países em que 70% do que é dispendido na área vêm do governo e 30%, do contribuinte. Já no Brasil, em 2009, o governo foi o responsável por 47% (R$ 127 bilhões) dos recursos aplicados na saúde, enquanto as famílias gastaram 53% (R$ 143 bilhões).
De acordo com o ministro da saúde, Alexandre Padilha, este ano a saúde terá orçamento 17% maior que em 2011, R$ 72 bilhões. Segundo ele, o debate sobre o financiamento da saúde continua e será mais amplo com o apoio da campanha da fraternidade. O ministro disse ainda que o contingenciamento de R$ 5 bilhões, com o corte do Orçamento anunciado pelo governo na semana passada, não afetará nenhum programa da pasta.