A morte de 73 pessoas durante uma confusão entre torcedores de dois times adversários gerou hoje (2) protestos no Egito. Manifestantes interromperam o tráfego nas principais avenidas do Cairo, a capital, e estão organizados para ocupar a Praça Tahir, no centro da cidade. O local se tornou o símbolo da contestação nacional desde a renúncia do ex-presidente Hosni Mubarak, no ano passado.
Vários manifestantes se uniram a outros que estão acampados na praça desde 25 de janeiro – data em que celebram o início da revolta contra o regime Mubarak. Na tentativa de evitar novos conflitos, policiais reforçaram a segurança na região da Praça Tahrir.
O clima de tensão aumentou, depois da confusão ontem (1º) envolvendo torcedores do time Al Ahly (do Cairo) e rivais do Zamalek (Porto Said, na costa). A confusão ocorreu depois de o árbitro ter apitado o fim do jogo, cujo placar foi 3 x1 para o Al Ahly. As autoridades do Egito decretaram luto oficial.
Não há números precisos sobre a quantidade de feridos. Porém, a imprensa egípcia informa que são dezenas. De acordo com relatos, o policiamento no estádio onde houve o jogo era insuficiente e havia torcedores com facas e objetos cortantes. A tragédia ganhou o nome entre os egípcios de Massacre de Porto Said.