O Parlamento Europeu, formado por 510 parlamentares que representam os 27 países da União Europeia, aprovou hoje (2) a adoção de mais sanções ao Irã. De acordo com a decisão, o objetivo é pressionar o governo do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, a cancelar o programa nuclear do país. Há suspeitas de que o programa envolva a produção de armas atômicas. Mas as autoridades iranianas negam as denúncias.

As informações são do Parlamento Europeu. Pela moção aprovada, deve ser proibida a importação gradual de petróleo bruto do Irã. Porém, os parlamentares ressaltaram que as medidas não devem afetar os cidadãos iranianos.

Os europeus compram 20% do seu petróleo do Irã. A Grécia é o país mais dependente – um terço do que é consumido na região vem de poços iranianos. Nos casos da Itália e Espanha, mais de 10% do seu petróleo vêm do Irã.

Durante os debates, os parlamentares disseram temer o bloqueio, por parte dos iranianos, do Estreito de Ormuz, por onde passam as mercadorias da Europa e dos Estados Unidos para vários países asiáticos. Os deputados disseram ainda que apoiam as iniciativas diplomáticas que visam à negociação do fim do impasse envolvendo o Irã.

Para os parlamentares, o governo da Turquia é fundamental para o diálogo e a cooperação com o Irã. Durante as discussões de hoje, eles lamentaram a resistência da China e da Rússia em aceitar que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprove mais sanções ao Irã.

No mês passado, a maior parte dos ministros das Relações Exteriores dos países da União Europeia aprovou a adoção de medidas restritivas adicionais ao Irã. A imposição de novas medidas ocorreu no último dia 23. Entre elas está a proibição gradual da importação de petróleo bruto iraniano na União Europeia a partir de 1º de julho.