O  representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) na China, Murtaza Syed, disse hoje (22) que os chineses podem ser “duramente” atingidos, se os 17 países que integram a zona do euro entrarem em acentuada recessão. “A economia chinesa se abranda, mas continua a ser um ponto brilhante na imprevisível economia global”, disse ele.

Pelas previsões do FMI, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês deverá crescer acima de 8%o em 2012 e 2013, representando abrandamento de 1 ponto percentual em relação aos 9,2% registrados em 2011. No ano passado, a inflação foi 5,4%.  “[A inflação na China] desce para níveis mais confortáveis e o mercado imobiliário está em deflação”, disse Syed.

O representante do FMI alertou que o crescimento da economia chinesa cairá “abruptamente”, se a zona euro entrar em “acentuada recessão”, mas considera que o governo chinês “tem espaço” para responder à situação e lançar um novo pacote de estímulos financeiros, como fez no outono de 2008.

Apesar da redução das exportações para a União Europeia, a economia da China cresceu acima de 10% em 2009 e 2010. A economia chinesa é a segunda maior do mundo, seguida pelos Estados Unidos.