O ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) Kofi Annan, enviado da ONU e da Liga Árabe à Síria, disse que pretende visitar em breve o país – que há quase um ano está sob forte crise. Annan acrescentou que a missão deve ser o único mediador internacional para pleitear o fim da violência na Síria.
Para o ex-secretário, a missão será enfraquecida caso haja mais de uma gestão diplomática internacional com Damasco, capital síria. O atual secretário da ONU, Ban Ki-moon, pediu apoio internacional à missão de Annan, incluindo o Conselho de Segurança das Nações Unidas. Dois dos membros permanentes do conselho, a Rússia e a China, vetaram recentemente resoluções contra a Síria.
Em cerca de 11 meses de protestos, a onda de violência na Síria levou à morte mais de 7 mil pessoas. A maioria das vítimas, segundo organizações não governamentais (ONGs) é formada por civis. Peritos internacionais constataram casos de violações de direitos humanos no país, como agressões sexuais, prisões indevidas, torturas e violência contra crianças e adolescentes.
Porém, o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, nega as acusações sobre a repressão e as ações de agentes de segurança. As autoridades alegam que reagem às ações de terroristas na região e que não há repressão.