O ex-líder de milícia congolês Thomas Lubanga foi considerado culpado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) das acusações de recrutar crianças para atuar como soldados entre 2002 e 2003.
Os procuradores também o acusaram de usar crianças de até 9 anos de idade como guarda-costas e de explorá-las sexualmente.
Lubanga, que liderou um grupo rebelde durante conflitos étnicos na região de minas de ouro da República Democrática do Congo, será sentenciado em uma audiência futura e pode ser condenado à prisão perpétua.
O julgamento de Lubanga foi o primeiro realizado pelo TPI. O tribunal, com sede em Haia, na Holanda, entrou em vigor 2002 como uma corte permanente e independente para julgar suspeitos de crimes de interesse internacional, como genocídio e crimes contra a humanidade e de guerra.
Lubanga foi o líder da União de Patriotas Congoleses e do seu braço armado, entre 2002 e 2003, na região de Ituri. Ele ainda tem forte apoio dentro de sua comunidade, a Hema, situada em Ituri.
A organização não governamental Human Rights Watch diz que mais de 60 mil pessoas foram mortas nos conflitos entre os povos Hema e Lendu.