As autoridades da Itália prenderam hoje (19) 47 pessoas, incluindo 16 juízes tributários e vários funcionários administrativos, durante operação contra o crime organizado. Há suspeitas que essas pessoas mantenham vínculos com o clã Fabbrocino da Camorra – como é conhecida a máfia da província italiana de Nápoles.
Durante a operação, desenvolvida entre a região da Campania (no Sul da Itália) e da Lombardia (no Norte do país), foram confiscados bens no valor de 1 bilhão de euros – incluindo ações, terrenos, edifícios e veículos. Dos 47 acusados, 22 ficaram detidos e 25 estão em prisão domiciliar.
Em comunicado, a Polícia Tributária da Itália informou que as investigações permitiram desmantelar uma rede criminal, composta por empresários do setor imobiliário e do ramo hoteleiro. Os envolvidos devem ser acusados por associação mafiosa, lavagem de dinheiro proveniente de atividades ilegais e de corrupção em atos judiciais. Pelas investigações, a organização criou uma rede de faturas falsas para lavar o dinheiro oriundo de bancos na Bélgica, em Liechtenstein, Luxemburgo e na Suíça.