Um assinante envia correio eletrônico em que tece críticas à câmara que, através da comissão de Finanças e Orçamento, fixou o aumento dos subsídios dos vereadores, a vigorar a partir de janeiro de 2013. Inclusive solicitou que fosse reprisado, neste espaço, um texto do tribuno romano Marco Túlio (55 AC) sobre como devem proceder executivo e legislativo, em suas atividades, para que os inocentes não sejam ainda mais onerados.
Regrinhas ignoradas
Marco Túlio, há vários séculos, escreveu que “o Orçamento Nacional deve ser equilibrado. As Dívidas Públicas devem ser ser reduzidas, a arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada. Os pagamentos a governo devem ser reduzidos, se a Nação não quiser ir à falência. As pessoas devem, novamente, aprender a trabalhar, em vez de viver por conta pública”.
Anos de chumbo
Hoje, faz 48 anos que houve um golpe de estado no país. Foi o epílogo de um movimento de reação, por parte de setores conservadores da sociedade brasileira – notadamente as Forças Armadas, o alto clero da igreja católica e organizações da sociedade civil, apoiados fortemente pela potência dominante da época, os Estados Unidos da América – ao temor de que o Brasil viria a se transformar em uma ditadura socialista similar à praticada em Cuba.
Inquisição virou fichinha
De 1964 até 1985, multiplicaram-se perseguições políticas, torturas medievais e assassinatos cruéis. Decorrido quase meio século, pais e mães não têm notícias de seus filhos que foram presos e mortos pelos carrascos da época. Infelizmente, ou desgraçadamente, até hoje existem pessoas que afirmam que a revolução de 64 foi benéfica para o país. Talvez por que a censura da época não permitisse divulgar as atrocidades do período.
Sequelas irreparáveis
Corroborando tópico acima, historiadores assinalam que, além da limitação da liberdade de opinião e expressão, de imprensa e organização, naquela época tornaram-se comuns as prisões, os interrogatórios e a tortura daqueles considerados suspeitos de oposição ao regime, comunistas ou simpatizantes, sobretudo estudantes, jornalistas e professores. Para além das prisões, estima-se que cerca de 300 dissidentes perderam a vida.
Adversários até o fim
Maurício Lopes Taveira, 49 anos, funcionário da Telefonica e corintiano fanático, era cardiopata e necessitava de transplante. Foi lhe oferecido o coração compatível do palmeirense José Guilherme Jovanelli Moreira, 19 anos, que teve morte cerebral domingo passado, após o enfrentamento das torcidas organizadas Gaviões da Fiel e Mancha Verde. Porém, um problema metabólico impediu que os dois corações permanecessem batendo juntos e Maurício não resistiu.
Carregado de razão
Leitor deste canto de página diz que oxímoro é uma figura de retórica em que se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam uma expressão. Por exemplo: “o grito do silêncio”, “silêncio ensurdecedor”, “obscura claridade”, “contentamento descontente”, “ilustre desconhecido”, e por aí vai. De acordo com ele, há um tremendo oxímoro que não sai das manchetes dos jornais: “Conselho de Ética do Senado”.
Adepto do eufemismo
O Brasil precisa parar de falar e passar a ações, afirmou o manjado Joseph Blatter, presidente da Fifa. De maneira bem mais amena, repetiu seu secretário-geral Jèrôme Valcke que foi direto ao assunto, há dias, afirmando que o Brasil precisava de um chute no traseiro, para acelerar as obras.