Na tentativa de negociar o fim da crise política e da onda de violência na Síria, o enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe (que reúne 22 nações), Kofi Annan, conversou hoje (10) com o presidente sírio, Bashar Al Assad. O esforço, segundo Annan, visa a obter um acordo de paz por meios pacíficos, sem uso militar nem intervenção externa. Mas a oposição avisou que não está disposta a negociar com Assad.
Ki-moon foi nomeado pela ONU e a Liga Árabe para negociar um cessar-fogo imediato, obter uma solução global para a crise e conseguir de Assad autorização para o acesso de ajuda humanitária. As agências humanitárias reclamam da proibição de entrada na Síria e das dificuldades em prestar socorro.
Nos últimos dias, as tropas sírias têm intensificado os ataques principalmente em Idleb, na fronteira com a Turquia. Porém, há exatamente um ano a Síria vive sob clima de guerra. Manifestantes contrários ao governo confrontam-se com os agentes de segurança. A estimativa é que mais de 8 mil pessoas morreram entre 2011 e 2012.
No mesmo dia da visita do enviado da ONU e da Liga Árabe, há informações que o Exército sírio bombardeou violentamente Idleb. “Foram os bombardeios mais violentos desde o envio de reforços de tropas esta semana para Idleb”, disse o chefe da organização não governamental (ONG) Observatório Sírio dos Direitos Humanitários (OSDH), Rami Abdel Rahmane.
De acordo com militantes, o maior número de rebeldes do Exército Sírio Livre na Síria está concentrado na província de Idleb. A região de Homs também é alvo de ataques de forças leais ao governo Assad. Mas o presidente nega, informando que apenas reage às ações terroristas.