O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu mais cooperação internacional para enfrentar a ameaça de terrorismo nuclear. O apelo foi feito durante o discurso de abertura da 2ª Conferência sobre Segurança  Nuclear, em Seul, na Coreia do Sul. O discurso foi acompanhado por 53 líderes estrangeiros. O vice-presidente Michel Temer representa o Brasil nos debates.

Obama disse que a segurança do mundo depende das medidas que forem adotadas na conferência. Segundo ele, uma pequena quantidade de armas nucleares em mãos erradas pode resultar na “morte de milhares de pessoas inocentes”.

O presidente norte-americano fez o apelo no momento em que os governos do Irã e da Coreia do Norte desafiam a comunidade internacional com seus programas nucleares. Os dois países mantêm em segredo as pesquisas envolvendo a energia nuclear.

Durante as discussões, os líderes dos Estados Unidos, da França, Bélgica e Coreia do Sul se comprometeram a reduzir a utilização de urânio altamente enriquecido nos reatores das usinas nucleares. A ideia, segundo eles, é incentivar a busca pela utilização de um combustível mais seguro.

Os líderes formalizaram um pacto para estimular o uso de urânio com baixo enriquecimento e não mais com 90%, como ocorre atualmente. O primeiro-ministro sul-coreano, Kim Hwang-sik, disse que há cerca de 200 reatores em investigação que utilizam o urânio altamente enriquecido.

Pelo acordo firmado hoje, o governo dos Estados Unidos assume a responsabilidade de fornecer, ao longo do ano, cerca de 100 quilos de urânio de baixo enriquecimento à Coreia do Sul. Os sul-coreanos vão processar o material antes de enviá-lo, em 2013, ao grupo francês Areva-Cerca, que o converterá em combustível de alta densidade.

Em seguida, o rendimento do produto será testado nos reatores de investigação da França e da Bélgica. O combustível utilizado nesses reatores representa a maior proporção de urânio altamente enriquecido no setor civil, que utiliza mais de 600 quilos do material todos os anos.