A taxa de participação das mulheres no mercado de trabalho na região metropolitana de São Paulo registrou uma pequena queda, de 2010 para 2011, segundo pesquisa divulgada hoje (6) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). O total de mulheres em idade economicamente ativa com atividade remunerada passou de 56,2% para 55,4%. Entre os homens, a taxa manteve-se praticamente estável e oscilou de 71,6%, em 2010, para 71,3%, em 2011.

De acordo com o levantamento, pelo oitavo ano consecutivo, diminuiu a taxa de desemprego total feminino (14,7% para 12,5%, entre 2010 e 2011). Movimento semelhante ocorreu entre os homens, cuja taxa de desemprego total retraiu-se de 9,5% para 8,6%, no período. A geração de novas oportunidades de trabalho foi mais intensa para as mulheres do que para os homens, 2,5% e 1,5% de crescimento, respectivamente. Entre as mulheres, cresceu o número de ocupações nos serviços (4,6%) e no comércio (4,2%), mesmos setores em que os homens também encontraram novas vagas.

As ocupações geradas para mulheres e homens foram, sobretudo, com carteira de trabalho assinada no setor privado, no setor público e como empregadores. Segundo os economistas do Dieese e Seade, a expansão deste tipo de ocupação incidiu positivamente no comportamento do rendimento médio real por hora, tanto para as mulheres (aumento de R$ 7,14 para R$ 7,32) quanto para os homens (de R$ 9,49 para 9,54).

O crescimento mais acentuado nos rendimentos femininos provocou leve redução da diferença entre esses dois segmentos: enquanto em 2010 os valores médios auferidos pelas mulheres correspondiam a 75,2% dos obtidos pelos homens, em 2011 essa proporção passou para 76,7%.