A Polícia Federal (PF) começou ontem a ouvir cinco pessoas ligadas à empresa Bella Vista Refeições Industriais, uma das quatro empresas envolvidas na tentativa de pagamento de propina para ganhar contratos no Instituto de Pediatria da Universidade Federal do Rio (UFRJ), na Ilha do Fundão. 

O delegado que vai conduzir as investigações é Antônio Carlos Beaubrun. O titular da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros e Desvio de Recursos Públicos, Victor Poubel, está acompanhando os depoimentos, previstos para ocorrerem até sexta-feira, quando o delegado Beaubrun assume o cargo definitivamente. Ao todo, estão sendo aguardadas 17 pessoas. Suas identidades não foram divulgadas.

Hoje, estão previstos depoimentos de sete pessoas que trabalham na Locanty Soluções (da área de coleta de lixo) e da Rufolo Serviços Técnicos e Construções, durante todo o dia. Na sexta-feira, foram intimados a depor cinco funcionários da Toesa.

O superintendente da PF no Rio, Valmir Lemos de Oliveira, disse desconhecer a informação encontrada no Portal da Transparência, do governo federal, sobre a prestação de serviços da Locanty para a Superintendência da Polícia Federal do Rio, responsável por investigar a denúncia.

Os inquéritos para investigar as quatro empresas foram abertos após denúncia de uma reportagem do programa de variedades Fantástico, feita com a ajuda da direção do hospital.