Policiais civis de Panorama prenderam na tarde de quarta-feira (14), Marcelo Belone, 37 anos, em posse irregular de dois revólveres de calibres 22 e 38, escondidos em um monte de folhas nos fundos da boate Canachuê, casa noturna existente na cidade, da qual é proprietário.

De acordo com a polícia, os agentes foram até a boate dar cumprimento ao mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça da Comarca de Panorama, encontrando durante a revista policial as duas armas de fogo com numeração raspada dentro de uma sacola plástica, com 13 munições intactas de ambos os calibres. Marcelo foi autuado em flagrante por posse irregular de arma de fogo de uso permitido e posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

PASSADO – Em julho de 2006, Belone era uma das nove pessoas presas numa mega-operação organizada pela Polícia Civil de Panorama e da região que interrompeu o grupo suspeito de planejar a execução de agentes de seguranças das penitenciárias de Presidente Bernardes e Presidente Venceslau.

A ordem para a ação teria partido da liderança da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Com os suspeitos, também foram apreendidos três veículos e um arsenal de armamento pesado, dois fuzis, uma metralhadora, três granadas, farta munição, uma arma de brinquedo e dois coletes à prova de balas, além dos veículos (uma Blazer, um Corsa e um Pálio). 

De acordo com a reportagem do Portal Terra na época, o grupo havia locado um rancho às margens do Rio Paraná e estava observando a movimentação dos agentes penitenciários, tinha a intenção de executar pelo menos cinco agentes que estavam marcados para morrer. De imediato, a polícia confirmou que pelo menos quatro dos integrantes da quadrilha são ligados diretamente ao crime organizado.

A Polícia Civil interceptou uma mensagem telefônica originada de um celular provavelmente no interior da Penitenciária II de Presidente Venceslau, unidade onde estão presos os principais líderes da facção criminosa que age dentro e fora dos presídios. 

Na conversa, entre a liderança e os “pilotos” e “soldados” (membros da facção que se encontram em liberdade e cumprem as ordens), o PCC cobrava a execução de vários agentes penitenciários, principalmente daqueles que agem com rigor e endurecem cobrando a ordem e a disciplina no interior dos presídios.