O preço de um dos mais importantes produtos da mesa do brasileiro continua em alta. Segundo representantes de supermercados em Dracena, somente nos últimos dias, o preço do quilo para o consumidor subiu 10% em média. “O quilo do feijão de primeira qualidade, que custava R$ 4,20 subiu para R$ 4,50”, informa o gerente de supermercado, Lair Mantovanelli.

A alta do produto vem se acumulando nos últimos meses. “Não houve queda no preço, há cerca de um mês, o quilo do feijão de boa qualidade (como o carioca) já custava R$ 3,90 em média”, explica Mantovanelli. 

Segundo o gerente, mesmo com o preço em alta, a dona de casa não deixa de comprar o feijão, apesar de se verificar uma queda no consumo do produto.

ATACADO – Se para o consumidor o preço não está atraente, o feijão comprado direto do produtor pelo setor atacadista também não está barato. Segundo o gerente de uma distribuidora do produto em Dracena, Sérgio Roberto Pessoa, a saca de 60 quilos adquirida nos estados do Paraná e Santa Catarina está oscilando nos últimos dias, entre R$ 160 a R$ 170.

“Há cerca de três meses, a saca no campo era comprada entre R$ 110 a R$ 120”, informa Pessoa, explicando que a produção do feijão na região é muito baixa para abastecer o mercado, por isso, é necessário comprar o produto em outros estados.

O empresário também enfatiza que houve uma queda no consumo do produto. “Com o aumento do poder aquisitivo da população, grande parte está optando por outras refeições, se o consumo estivesse aumentando, o preço do feijão estaria bem mais caro na mesa do brasileiro”, conclui Pessoa.

A instabilidade do tempo, com estiagem nos estados produtores do Sul e as chuvas em Minas Gerais no começo do ano, é uma das causas apontadas por economistas pela alta no preço do feijão.