O presidente do Parlamento do Irã (chamado Majlis), Ali Larijani, alertou hoje (7) que há riscos de ameças às negociações entre iranianos e o P5+1 (grupo que reúne a China, França, Alemanha, Rússia, o Reino Unido e os Estados Unidos). A ameaça existe, segundo ele, porque a comunidade internacional faz pressão sobre o Irã. “Se eles forçarem o Irã a fazer concessões sob pressão, as negociações não trarão resultado algum”, disse ele.
Larijani reiterou as críticas sobre as suspeitas que envolvem o programa nuclear do Irã. Segundo ele, a comunidade internacional trata de forma distinta o Irã e Israel, que mantém um arsenal nuclear. A reação do parlamentar ocorreu no mesmo momento em que a chefe da Diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, enviou uma carta ao Supremo Conselho de Segurança Nacional.
Na carta endereçada ao secretário do conselho, Saeed Jalili, ela pede a retomada das negociações. “Nosso objetivo geral continua a ser uma abrangente solução negociada, a longo prazo, que restaure a confiança internacional na natureza exclusivamente pacífica do programa nuclear iraniano, respeitando o direito do Irã ao uso pacífico da energia nuclear”, destaca Catherine Ashton.
No ano passado e em 2010, o Irã e P5+1 fizeram duas rodadas de negociações. Para a comunidade internacional, o programa nuclear do Irã esconde a produção de armas atômicas. Os iranianos negam as suspeitas, informando que o programa tem fins pacíficos.