Elas estão presentes em muitos jardins, quintais e até mesmo em vasos dentro de residências. Muitas plantas ornamentais são também tóxicas, podendo causar danos à saúde das pessoas e animais domésticos se consumidas.

Segundo dados do Ministério da Saúde, ocorrem cerca de dois mil casos por ano de intoxicações por plantas no Brasil. Destes, 95% ocorrem com humanos, enquanto cerca de 5% acontecem com animais. Dentre os casos de intoxicações com humanos cerca de 70% ocorrem com crianças. Muitas são ornamentais, podem ser encontradas em jardins, quintais e praças, e são plantas bastante conhecidas e bonitas.

Um dos projetos de extensão desenvolvidos pelos docentes e alunos da Unesp Campus Experimental de Dracena tratou sobre o assunto. Trata-se do estudo: Perfil Epidemiológico das Plantas Tóxicas no município de Dracena elaborado pelo graduando em zooctenia, Atã Iakowsky Barbosa e pelo professor doutor Fábio Ermínio Mingatto.

Mingatto informou que foi feito um levantamento na cidade que destacou as dez plantas tóxicas mais comuns encontradas nos quintas e casas. “Durante a pesquisa foi feito um sorteio aleatório de 10 setores do município, destes, foram sorteadas 10 casas cada. Então, Atã visitava as moradias explicando sobre o projeto e de acordo com a aceitação aplicava o questionário e mostrava o catálogo com as imagens das plantas”, explicou.

As plantas tóxicas encontradas com mais frequência foram: comigo-ninguém-pode; samambaia; espada-de-são-jorge; flor-da-foturna ou calanchoê; antúrio; dracena; espirradeira; tinhorão, bico-de-papagaio e coroa-de-cristo.

Após o levantamento dos dados, foi elaborado um folder para divulgar os conhecimentos e prevenir acidentes, com os nomes populares e científicos das plantas, imagens e sinais clínicos de intoxicação. O material será enviado para a secretaria municipal de Saúde (que irá encaminhá-los para postos de saúde) e clínicas veterinárias. Em outros anos, foi desenvolvido um manual de plantas tóxicas encontradas nas pastagens da região da nova Alta Paulista e distribuído nas Casas de Agricultura.

MEDIDAS PREVENTIVAS – Mantenha as plantas venenosas existentes em sua casa e arredores pelo nome e características; conheça as plantas venenosas existentes em sua casa e arredores pelo nome e características; ensine as crianças a não colocar plantas na boca e não utilizá-las como brinquedo; não prepare remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação médica; não coma folhas ou raízes desconhecidas, nem sempre o cozimento elimina a toxicidade; tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex provocando irritação na pele, principalmente com os olhos, evite deixar os galhos em qualquer local, em caso de acidente procure imediatamente orientação médica e guarde a planta para identificação.