O uso de jet ski terá novas regras neste ano, com limitação de espaço na Represa do Guarapiranga, zona sul da capital paulista. Motivadas pelos acidentes com mortes envolvendo o veículo, as mudanças serão postas em prática em uma parceria entre a Prefeitura de São Paulo e a Marinha.
Na semana passada, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) se reuniu com o comandante do 8.º Distrito Naval, vice-almirante Luiz Guilherme Sá de Gusmão, para a definição das regras. Nesta semana, será realizada a primeira reunião técnica para tratar do tema. Além dos jet skis, o uso de outras embarcações também pode sofrer alterações. As mudanças envolvem delimitação e até proibição do uso em determinadas áreas da represa. O aluguel dos aparelhos também deve ser regulamentado.
Atualmente, há quatro parques na orla da Guarapiranga. A maioria dos banhistas fica concentrada nas Praias do Sol e Garujapiranga, que chegam a reunir entre 10 mil e 15 mil pessoas nos fins de semana. O Corpo de Bombeiros já delimita com boias as áreas nas quais é permitido nadar. A Guarda Civil Metropolitana (GCM) também afasta banhistas de áreas proibidas.
A Capitania dos Portos é responsável pela fiscalização. No Estado, o órgão da Marinha diz que inspecionou 525 embarcações desde 15 de dezembro – quatro foram apreendidas.
Vítimas. Em fevereiro, duas crianças morreram em acidentes com jet ski. O último caso foi na Represa Billings, em Ribeirão Pires, ABC paulista. No dia 26, Mitchill Guilherme de Carvalho, de 9 anos, que estava em uma boia rebocada pelo pai de jet ski, bateu em uma das pilastras de uma ponte. Outra vítima foi Grazielly Almeida Lames, de 3 anos, atingida por um veículo desgovernado na Praia de Guaratuba, em Bertioga, no dia 18.