Analistas e investidores do mercado financeiro voltaram a reduzir a estimativa de crescimento da economia, que passou de 3,23% para 3,2% em 2012. Houve redução também na estimativa de expansão da indústria, que caiu de 2,03% para 2%. São indicadores que têm preocupado o governo, que deverá anunciar amanhã medidas para estimular o setor industrial, um dos mais atingidos pela crise econômica internacional. Uma das medidas aguardadas é a que trata da desoneração da folha de pagamento.
Por outro lado, o mercado financeiro voltou a reduzir e expectativa de inflação para 2012 medida pela Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A estimativa, que estava em 5,28% na semana passada, caiu para 5,27%. A projeção da taxa de câmbio foi elevada de R$ 1,76 para R$ 1,77 ao final do ano e da taxa básica de juros, Selic, mantida em 9% ao ano. A perspectiva para a dívida líquida do setor público em comparação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi alterada de 36,2% para 36,5%.
Os números, que estão no boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, mostram que, no que se refere às contas externas, a expectativa é pela manutenção de um déficit de US$ 69 bilhões, com o saldo da balança comercial fechando o ano em US$ 19 bilhões e o investimento estrangeiro direto em US$ 55,37 bilhões, ante os US$ 55 bilhões previstos na semana passada.
A estimativa para os preços administrados (aqueles controlados pelo governo, como o da gasolina) caiu de 4% para 3,95%.