Na tentativa de reaproximar o Brasil da Líbia por meio de acordos em várias áreas, o
vice primeiro-ministro líbio, Omar Abdelkarim, está em Brasília. Ele tem reuniões amanhã (17) com a presidenta Dilma Rousseff e os ministros de Relações Exteriores, Antonio Patriota; de Minas e Energia , Edison Lobão; e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. As conversas ocorrem no momento que o governo prepara o envio do novo embaixador brasileiro em Trípoli.
Com a embaixada do Brasil na Líbia fechada há 13 meses, o embaixador Afonso Carbonar foi designado para reoganizar a representação diplomática e restabelecer os laços entre os dois países. O diplomata será sabatinado na Comissão de Relações Exteriores do Senado no próximo dia 19. Uma vez que o nome dele seja aprovado pelos senadores, Carbonar deverá seguir para Trípoli até o final de junho.
Após seis meses da morte do ex-presidente da Líbia, Muammar Khadafi, o país ainda está sob clima de tensão. Um governo provisório administra a região, mas são frequentes os protestos e as manifestações em reivindicação por eleições para a escolha do futuro presidente e de parlamentares.
As eleições para a formação de uma Assembleia Constituinte estão marcadas para 23 de junho, quando serão escolhidos 200 parlamentares. Ao mesmo tempo, as autoridades tentam organizar as instituições públicas e superar as dificuldades impostas por cerca de sete meses de confrontos – entre as primeiras manifestações populares até a captura de Khadafi, em outubro de 2011.
Khadafi governou a Líbia durante 42 anos. O líder manteve um estilo próprio de administrar, que misturou religião, socialismo e relações familiares. No ano passado, as pressões interna e externa levaram ao fim seu período na Presidência da República.