Paralelo aos livros, escritores e lançamentos da Bienal do Livro e da Leitura de Brasília, a visão, sentimento e memória também podem ser despertados através de exposições na própria Bienal e em museus próximos ao evento. Exposições que vão das artes plásticas multimídia, passando pela história do educador Paulo Freire, os desenhos de Ziraldo até o acervo histórico do Egito Antigo.
Dentro da Bienal, que termina dia 23, está aberta, por exemplo, a exposição 360º Paisagem Poética – uma Instalação Sonora e Visual Interativa. Formada por tecnologia interativa, a mostra é inspirada na obra O Conto da Ilha Desconhecida, de José Saramago, e apresenta uma projeção simultânea de vários vídeos que transmitem sons e imagens. O visitante senta-se em uma cadeira giratória e acompanha fluxos audiovisuais que representam quatro ambientes de contos de fadas.
A exposição é uma obra conjunta do artista espanhol Enrique Tomás e os belgas Stefaan Van Biesen e Geert Vermeire. “Essa obra coletiva busca transmitir poesias sem palavras”, disse Vermeire, um especialista em informação digital cujas criações seguem a linha da arte digital. Van Biesen é artista multimídia e tem na participação do público a essência de seu trabalho. Enrique Tomás é artista digital e de instalações. Seus projetos conectam arte sonora e espaço público.
Paralelo à Bienal, diversas exposições são apresentadas no Museu Nacional da República. São duas mostras: Zeróis – Ziraldo na Tela Grande e O Egito sob o Olhar de Napoleão. A primeira vai até dia 29 e traz 44 telas reunindo o trabalho do chargista, cartunista e jornalista Ziraldo, em obras, em sua maioria, inéditas nos quadrinhos. Já O Egito sob o Olhar de Napoleão vai até o dia 27 de maio e traz peças da expedição ao Egito do general francês Napoleão Bonaparte .
Na Biblioteca Nacional de Brasília a exposição Sonhando com Paulo Freire, está aberta, começou nesse sábado (14) e segue até o dia 23 de abril, todos os dias.
Tânia Quaresma, curadora e criadora do projeto, disse que a ideia surgiu como uma homenagem. “Paulo Freire completaria 90 anos em 2011. Então resolvemos fazer um projeto para homenageá-lo”, contou. A exposição é composta por 34 painéis com os temas: infância, alfabetização, família, ideias e ideais, o retorno (do exílio), alumbramentos, a obra, encantamento, poética, círculos de cultura, solidário. A composição gráfica é de Bené Fonteles e a produção executiva é de Geralda Magela.
O aposentado Jayme Benigno dos Santos, de 74 anos, gostou da exposição e acredita que tomar conhecimento dos ensinamentos de Paulo Freire é importante para a construção de um país mais humano e educado. “Acredito que o ensino dessa figura importantíssima pode contribuir para um país melhor”, opinou.