O programa Amigos do Peito completou quatro anos de atividades na quinta-feira (29), ajudando as futuras mamães a cuidarem cada vez melhor de seus bebês. Juliana Ricardo Mussato, moradora do Jardim Brasilândia em Dracena, foi uma das participantes do programa e destaca que as informações e orientações recebidas dos profissionais fizeram toda a diferença nos cuidados com o Arthur, seu primeiro filho.

“Muitas mães não sabem como amamentar, dar banho, trocar, fazer a higiene bucal dos bebês; têm dúvidas se podem usar chupeta, mamadeira, e aprendi tudo isso nas palestras do programa”, frisa.

O aleitamento materno, principal meta do programa, foi uma das lições que Juliana seguiu à risca. “Mesmo deixando meu filho na creche, ia até lá para amamentá-lo” – atitude que a idealizadora do ‘Amigos do Peito’, Maria Célia Henrique Branco Borges e a enfermeira Francielli Cangussu de Lima Volpi consideram um exemplo para as demais mamães.

“É um dos principais objetivos do programa incentivar o aleitamento materno, que só traz benefícios às crianças, entre eles, a prevenção contra diversas doenças. Nesses quatro anos, percebemos uma diminuição no fornecimento do leite artificial pelo posto de saúde. No entanto, ainda é preciso aumentar o número de mães que seguem o programa até o final”, afirmou Maria Célia. 

Os benefícios observados na prática com o crescimento do Arthur (hoje com dois anos e sete meses) fizeram com que Juliana decidisse frequentar novamente o programa, agora, com o filho Andrei, de 54 dias. “Foi muito bom para mim e nesta segunda vez, novas palestras foram oferecidas, como por exemplo, a de uma fonoaudióloga, que não tinha na época do Arthur. Só tenho a agradecer ao programa e indico para todas as gestantes”, ressalta Juliana.

Maria Célia e Francielli destacaram que o Amigos do Peito busca sempre trazer novidades para preparar cada vez melhor as gestantes. Elas fizeram questão de agradecer a parceria, principalmente ao Rotary Imperial que por meio da Casa da Amizade entrega uma bolsa com enxoval do bebê para as mães que frequentam todas as palestras do programa. Também a Farmais que doa uma necessaire para todas as mães atendidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) na Santa Casa de Dracena.

O Amigos do Peito ainda conta como parceiros as secretarias de Assistência Social, Saúde e Educação, Santa Casa de Dracena, Fruteza, Avahu, além do apoio da Pastoral da Criança, Corpo de Bombeiros, Work Publicidade, H3 Brasil Foto e a Unifadra.

Uma carência, para a qual Juliana chamou a atenção, é a falta de um banco de leite em Dracena. Ela, como muitas mães do programa, tem muito leite e por não ter o que fazer com ele, joga-o fora. Juliana diz que joga cerca de 250 ml de leite materno fora. “É um desperdício que poderia estar ajudando a alimentar muitas crianças”, comenta a enfermeira Francielli.

A criação de um banco de leite ou um posto de coleta em Dracena é uma das lutas do programa Amigos do Peito. Francielli explica que os bebês nascidos em Dracena, quando precisam de uma UTI Neonatal, são encaminhados para Presidente Prudente e são alimentados pelo banco de leite de lá.

“Nada mais justo que as mães daqui colaborarem enviando o leite, que estará ajudando tanto crianças dracenenses como as demais atendidas pelo hospital prudentino”, comentou Francielli. Maria Célia já apresentou o pedido para a implantação e acredita que seja necessário pouco para montagem de um posto de coleta de leite materno na cidade.