O Ministério da Defesa do Japão acionou um sistema antimíssil capaz de proteger os cerca de 35 milhões de habitantes de Tóquio e arredores da capital. O equipamento PAC-3 foi instalado nos últimos dois dias. O sistema está em funcionamento às vésperas do lançamento do foguete norte-coreano Unha-3, que pretende colocar um satélite em órbita. A previsão dos norte-coreanos é fazer o lançamento entre os dias 12 e 16.
Além do PAC-3, três equipamentos dotados do sistema de combate Aegis e de mísseis interceptores SM-3 foram enviados pelo Japão ao Mar da China Oriental e foram acionados também sistemas antimísseis no Arquipélago de Okinawa, no Sul do Japão.
As autoridades da Coreia do Norte insistem no lançamento do foguete, apesar da resistência do Japão, da China e dos Estados Unidos que temem os efeitos da experiência. O lançamento deve ocorrer a partir da Base Militar de Tongchang-ri, no Nordeste do país
O foguete tem altura de 30 metros e diâmetro de 2,5 metros e deve colocar em órbita um satélite de observação do planeta. De acordo com os norte-coreanos, o objetivo é coletar informações sobre as colheitas, florestas e recursos naturais. A previsão é que uma parte do míssil caia a Oeste da península norte-coreana e a outra parte a Leste das Filipinas.
O primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, determinou que os militares destruam o foguete norte-coreano, caso ele represente ameaças ao país. “Nós tomamos medidas máximas de precaução”, explicou nesse domingo (8) o vice-ministro da Defesa japonês, Shu Watanabe, ao canal de televisão público NHK.
O governo do presidente Kim Jong-Um informou que a Operação Unha-3 não tem objetivos militares. Mas se isso for comprovado, a Coreia do Norte estará contrariando as resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU), que proíbem o país de fazer testes nucleares e balísticos.