O emissário especial da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe Síria, Kofi Annan, prepara-se para viajar novamente à Síria em busca de uma negociação que leve ao fim da violência na região. No mês passado, ele esteve em Damasco, onde conversou com o presidente sírio, Bashar Al Assad, e integrantes da oposição para articular um cessar-fogo. Houve a promessa do fim dos embates, mas a violência permanece.
O porta-voz de Annan, Ahmad Fawzi, não informou quando será a viagem do emissário à Síria. Ele disse apenas que será “muito em breve” e que houve um convite por parte de Assad. Segundo o porta-voz, a visita não será anunciada com antecedência por “razões de segurança”. Comboios com observadores estrangeiros foram atingidos por explosões na Síria nos últimos dias.
Paralelamente, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, suspeita da ação da rede Al Qaeda na promoção de dois ataques em Damasco, que provocaram 55 mortes. “Eu acredito que a Al Qaeda deve estar por trás disso. Isso criou, novamente, problemas muito sérios”, disse ele.
No momento, de 250 a 270 observadores estão na Síria com o objetivo de supervisionar a implementação do plano de paz antes do cessar-fogo e a retirada das armas pesadas nas cidades. “Condenamos, nos termos mais fortes, a violência em todas as suas formas, por todas as partes”, disse Fawzi.
Desde março de 2011, a Síria vive sob clima de tensão. Opositores ao regime Assad pressionam para ele renunciar, denunciam violações de direitos humanos e censura à liberdade de expressão. Assad nega as acusações e diz que as ações de violência são promovidas por terroristas.