A produção industrial brasileira registrou em março queda em cinco dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com três estados apresentando uma queda acima da média nacional para o período (-0,5%). De acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física-Regional, divulgados hoje (10), a queda na comparação com fevereiro foi de 1,3% na Bahia, 0,7% em Minas Gerais e 0,7% em Santa Catarina. No maior parque fabril do país, São Paulo, a taxa negativa foi 0,3%, inferior, portanto, à média nacional.
Já no confronto com março de 2011, as perdas mais intensas foram verificadas em São Paulo (-6,2%) e Santa Catarina (-6%). Rio de Janeiro e Espírito Santo, ambos com uma queda de 2,4%, também registraram recuos maiores que a média nacional nesse tipo de comparação (-2,1%).
De fevereiro para março, os indicadores regionais da produção industrial assinalam resultados positivos no Paraná (9,8%), em Goiás (6,7%) e no Amazonas (6,5%). Os três estados haviam apresentado quedas expressivas de produção no mês anterior, chegando a 8% no Amazonas e a 7,4% no Paraná. Rio Grande do Sul (2,6%) e Rio de Janeiro (2,5%) também tiveram desempenho positivo mais acentuado em março.
Na comparação com março de 2011, Goiás, com 24%, e Paraná (15%) apresentaram as expansões mais acentuadas. De acordo com o IBGE, esse crescimento ocorreu devido à maior produção do setor de produtos químicos, no primeiro estado, e de edição e impressão, no segundo.
No indicador acumulado para o primeiro trimestre de 2012, a queda na produção industrial ocorreu em oito dos 14 locais pesquisados pelo IBGE. Na média nacional, houve uma perda de 3%, mas quatro estados ficaram acima dessa taxa: Rio de Janeiro (-6,8%); São Paulo (-6,2%); Santa Catarina (-5,9%) e Ceará (-4,3%). Segundo o IBGE, o desempenho da indústria nos oito estados que registraram taxas negativas reflete a redução na fabricação de bens de consumo duráveis (automóveis, motos, aparelhos de ar condicionado, telefones celulares) e bens de capital (caminhões), além de uma menor produção também nos setores extrativo (minério de ferro), têxtil, vestuário e metalurgia básica.
Já os resultados positivos mais acentuados no trimestre foram registrados em Goiás (18,8%), na Bahia (8%) e no Paraná (7,4%). De acordo com o IBGE, isso ocorreu devido, respectivamente, à maior produção de medicamentos, resinas termoplásticas e livros e impressos didáticos.