Rebeliões de presos em três unidades do sistema penitenciário da Paraíba, iniciadas ontem (29), resultaram na internação de um detento, em estado grave, no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. A causa provável dos motins, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública do estado, seria conflitos entre os próprios presos. As rebeliões paralisaram os dois presídios de segurança máxima da capital (PB1 e PB2), e se estenderam ao Presídio de Segurança Média Desembargador Flósculo da Nóbrega, no Bairro do Roger, onde a situação já foi controlada, no final desta manhã.
O serviço de inteligência do Sistema Penitenciário estadual criou ontem (29) um comitê com representantes das secretarias de Segurança e Defesa Social, da Administração Penitenciária, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros e da Pastoral Carcarária, para estabelecer um canal de negociação com os amotinados. O juiz da Vara de Execuções Penais da Paraíba, Carlos Neves da Franca Neto, está acompanhando as negociações. Não foram divulgadas informações sobre a extensão dos danos que as rebeliões causaram às instalações.
O governo do estado pretende investir mais de R$ 500 milhões no sistema penitenciário local, mas o dinheiro ainda não está disponível, segundo a assessoria de imprensa, que também informou que não há superlotação nas unidades onde ocorrem as rebeliões.