O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), criticou hoje (15) a decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu ontem (14) habeas corpus ao empresário de jogos ilícitos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A decisão adiou o depoimento dele na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Cachoeira, que estava marcado para esta terça-feira.

“A decisão do Supremo Tribunal Federal é para ser cumprida, por mais que nós tenhamos a noção de que é uma decisão que pode ser errada, na realidade nós entregamos ao Supremo a guarda da Constituição e é ele que interpreta”, disse Sarney à Agência Brasil.

Na noite de ontem (14), o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou pedido da defesa de Carlinhos Cachoeira para adiar o depoimento. Segundo decisão liminar do ministro, o depoimento fica suspenso até o julgamento do mérito do pedido.

Perguntado se a decisão poderia ser meramente protelatória, Sarney enfatizou que por mais que seja inadequada, a medida tem que ser respeitada. “Por mais que a gente possa julgar errada, essa decisão é do Supremo”.