O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público (GAECO/MP) ouviu ontem (22) à tarde, cinco suspeitos de planejar o assassinato do promotor criminal José Heitor dos Santos. Entre os investigados estão um ex-prefeito de Mirassol, um policial civil, um servidor público e um sindicalista.

O Diário da Região de São José do Rio Preto apurou que o suposto plano de execução foi descoberto em agosto do ano passado, quando o promotor Santos passou a andar sob escolta de policiais militares.

A suposta encomenda está sendo investigada pelo Gaeco, Polícia Civil, Corregedoria da Polícia Civil e Procuradoria Geral da Justiça.

O sindicalista e pré-candidato a prefeitura de Mirassol, Marco Rogério Fanelli e o ex-prefeito Odelson Fernandes são acusados de estarem por trás das ameaças.

Por volta das 15 horas, o sindicalista falou com a imprensa e se defendeu dizendo que o promotor quer holofotes. “Estou sendo acusado pelo doutor José Heitor de ser chefe de um grupo político que usa acusações para extorquir a prefeitura. Eu já fiz várias denúncias e não existe isso de retirá-las por dinheiro. Em uma cidade como Mirassol, como alguém vai pedir dinheiro para atentar contra a vida de um promotor? Isso não existe. Se ele tem problema comigo, que resolva comigo. Não há cabimento da Justiça gastar dinheiro com uma denúncia infundada como essa”, disse.

Fanelli disse ainda que há policiais entre os acusados, mas não sabe as acusações, apenas que ele é o chefe da quadrilha. Um investigador da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Rio Preto chegou para prestar depoimento.