O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Al Arabi, rejeitou hoje (1º) a possibilidade de intervenção militar na Síria para encerrar a série de violência por que passa o país há quase 15 meses. Porém, os norte-americanos indicaram considerar insuficientes as ações diplomáticas em curso para acabar com o impasse na região.

A situação na Síria agravou-se nos últimos dias em decorrência do massacre de 108 pessoas, em Houla, no Centro do país, inclusive de crianças. A oposição responsabiliza o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, pelos assassinatos.

A alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Navi Pillay, disse hoje que há indícios de crimes contra a humanidade no massacre. Segundo sua porta-voz, Márcia Kran, há “sérias suspeitas” que em Houla famílias inteiras tenham sido executadas de maneira sumária, incluindo mulheres e crianças.

“[Há] informações que sugerem que as milícias pró-governamentais entraram em povoados e que podiam ser responsável por dezenas de assassinatos”, disse Navi Pillay, na quarta sessão especial do Conselho sobre a Síria. Ela reiterou o apelo à comunidade internacional para apoiar o plano de paz e investigar as violações na Síria para evitar um “conflito geral” no país.