Conservação ambiental, proteção dos recursos naturais, sustentabilidade da matriz energética, aumento de competitividade da economia em um contexto de economia verde, melhoria na gestão pública e financeira, além de erradicação da extrema pobreza e do aumento da qualidade de vida da população. Essas são as principais propostas da “Estratégia para o Desenvolvimento Sustentável do Estado”, documento apresentado pelo governador Geraldo Alckmin ontem, 19, na Rio+20, conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. A divulgação aconteceu durante a World Summit of Federated States and Regions, evento com a participação de 20 governos regionais para discutir desenvolvimento sustentável e o principal evento para governos sub-nacionais no contexto da Rio+20.
Resultado de várias reuniões temáticas realizadas no âmbito interno do Governo do Estado de São Paulo, a Estratégia reúne os principais compromissos para promover o desenvolvimento sustentável no Estado até 2020, estabelecendo 40 metas a serem atingidas. Entre as principais estão: aumentar a participação de 55% para 69% de energias renováveis no consumo final de energia do Estado (hidráulica, biomassa, biogás, biodiesel, etanol, solar, eólica e resíduos sólidos); atingir 20% do território paulista com cobertura vegetal; reduzir 20% da emissão de dióxido de carbono, tendo por base o ano de 2005, conforme estabelecido na Política Estadual de Mudanças Climáticas; erradicar a extrema pobreza até 2014 (para pessoas com renda familiar per capita de até R$ 70 por mês) e, por fim, universalizar o saneamento até 2020: 100% de água, 100% coleta e 100% tratamento de esgotos em todos os municípios do Estado.
A Estratégia destaca também os importantes avanços obtidos pelo Governo do Estado desde a Conferência sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento de 1992 (Rio-92). Nesse período, é possível observar avanços expressivos obtidos pelo Estado de São Paulo nas áreas de legislação ambiental, cobertura vegetal, unidades de conservação, qualidade do ar, combate à destruição da camada de ozônio, saneamento básico, resíduos sólidos, energia renovável, mudanças climáticas, atuação dos municípios e do setor privado, pesquisa científica, apoio às organizações ambientalistas, garantia dos diretos sociais da população, entre outras.