A cidade de São Paulo chegou registrar na última terça-feira (21), o dia mais seco nos últimos dois anos com 10% de umidade e, com isso, acabou entrando em estado de emergência, algumas cidades do interior também registraram quedas significativas.
Em Dracena, a mínima registrada pela Estação Meteorológica do Campus Experimental da Unesp foi de 20% na quarta-feira (22), no período da tarde. Contudo, o professor responsável pela Estação Meteorológica, Paulo Figueiredo explica que esse número não é alarmante e que está dentro do esperado para este mês. “Devido à falta de chuva no mês de agosto, a umidade do ar tende a cair muito nesse período. Os produtores sofrem com a seca no pasto, mesmo assim, já estão acostumados com a falta de chuva nessa época do ano”.
Durante a madrugada, a umidade está em torno de 40%, no período da manhã 50%, à tarde, horário de pico 25% e à noite em 47%. “A chuva está perto porque nos últimos dias está amanhecendo com o céu nublado, entretanto, deve ser uma chuva rápida. A umidade só deverá melhorar na segunda quinzena se setembro, quando as chuvas começam a intensificar mais neste período”.
Neste mês, a temperatura mínima foi de 15,5°C registrada no dia 7, enquanto que a máxima chegou aos 32,6°C, no dia 4.
Paulo pontua que choveu muito concentrado no mês de junho (214,4 milímetros), enquanto que no mesmo período do ano passado foi de apenas 48 milímetros. “A chuva está mal distribuída, tem mês chovendo mais que a média registrada, outros nem chovendo como é o caso deste mês. Mas quando fizermos um balanço no final do ano, provavelmente o volume d’ água vai ser quase o mesmo registrado no ano anterior”.
Há 50 dias sem chuva, as crianças e os idosos são os que mais sofrem devido à imunidade baixa do organismo, com isso, faz surgir ou agravar as doenças respiratórias, cardiovasculares e oculares.
A umidade do ar fica prejudicial quando está abaixo dos 30%, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Abaixo de 12% da umidade no ar, a Defesa Civil determina estado de emergência. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a umidade do ar deve ficar próxima dos 60%.
SAÚDE – Espirros, tosse, ressecamento da garganta, aumento de infecções respiratórias, crises de rinite, asma e o ressecamento da pele estão entre os principais sintomas que as pessoas podem sofrer com o ar seco. A orientação é que aqueles que tiverem o aumento dos sintomas devem procurar orientação médica, para os problemas respiratórios, manter uma toalha molhada por perto e evitar atividades físicas, principalmente entre as 10 e 16 horas.