A direção gremista prepara para esta terça-feira a cartada final para a contratação do meia Paulo Henrique Ganso. As chances do Grêmio aumentaram após a terceira recusa do Santos em vender o jogador para o São Paulo. O próprio presidente do clube do litoral paulista, Luiz Álvaro Ribeiro, já disse que, entre vender para o São Paulo ou para o Grêmio, ele prefere fazer negócio como clube gaúcho.
Nesta terça-feira os dirigentes gremistas Eduardo Antonini e Cristiano Keller irão se reunir em São Paulo com o mandatário do time do Santos para levar uma nova proposta por Ganso. O Grêmio já teria conseguido os parceiros e investidores para levantar o valor de R$ 23,8 milhões de reais referente a 45% do vinculo econômico de Ganso, parte que pertence ao Santos. Entre o jogador e o Grêmio já estaria tudo acertado.
Em relação à informação de que Ganso só sairia do Santos para atuar no São Paulo, o executivo de futebol do Grêmio tem a garantia dos empresários do jogador de que Ganso não deu nenhuma preferência para atuar no time do Morumbi.
“Eu conversei com o empresário do Ganso (Guilherme Miranda, que é um dos representantes do Grupo DIS, que tem 55% do vinculo do meia e que cuida da carreira de Ganso) e ele me garantiu que o Ganso joga no time que comprar os seus direitos. No Grêmio só joga quem tem vontade de jogar”, disse o executivo de futebol gremista Paulo Pelaipe.
De camisa 10 ideal a meia contestado
Ganso, revelado nas categorias de base do Santos, começou no clube em 2008, junto a Neymar, a maior estrela do time na atualidade. Desde que chegou ao time profissional, a carreira de Ganso se revezou em sobes e desces. Nos primeiros anos, o jogador conquistou críticos e torcedores não apenas por ser uma das maiores promessas do futebol do Brasil, mas por ter surgido como protótipo do camisa 10 criativo e pensador, em falta nos últimos anos.
A trajetória de Ganso – que parecia traçar uma ascensão meteórica rumo ao estrelato nos principais gramados do mundo – teve, porém, um baque grande em 2010. No meio daquela temporada, o jogador sofreu grave lesão no ligamento cruzado de seu joelho.
A lesão deixou Ganso fora dos gramados por seis meses e comprometeu a sequência da carreira no Santos do jogador, que não conseguiu manter o nível de seu futebol e perdeu prestígio com a torcida.
A volta ao clube veio durante a Copa Libertadores de 2011, mas nem a conquista do título continental fez com que o meia retornasse a seus melhores dias no Santos. À sombra de Neymar, que se consolidava como grande ídolo e craque do Brasil, Ganso perdeu espaço na mídia e também na Seleção Brasileira. De camisa 10 incontestável, o jogador passou a opção para o meio-campo.
No time olímpico de Mano Menezes, que ficou com a prata na Olimpíada de Londres, o meia Oscar, do Internacional, vestiu a camisa 10 da equipe, a qual, há poucos anos, era reservada para o jogador santista.
Logo após a Olimpíada, intensificaram-se os boatos sobre uma possível saída do Santos. E o destino mais provável para Ganso se tornou o São Paulo, que quis buscar na Vila Belmiro um substituto à altura para Lucas, negociado com o Paris Saint-Germain, e fez duas propostas (ambas recusadas pelo rival). O meia tem contrato com a equipe praiana até fevereiro de 2015.