Trinta e quatro dias depois de sair da prisão, o ex-policial militar Florisvaldo de Oliveira, o cabo Bruno, foi morto a tiros no final da noite de quarta-feira (26), na porta da casa onde morava, no bairro Quadra Coberta, em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba. O enterro será em Catanduva, no cemitério Nossa Senhora de Fátima, sem horário definido. 

O cabo ficou conhecido por liderar um grupo de extermínio na década de 1980 na capital paulista e havia se tornado pastor evangélico ao sair da cadeia. 

O crime ocorreu às 23h45. Acompanhado de parentes, ele voltava de um culto em Aparecida, município vizinho, e foi surpreendido pelos criminosos em frente à residência da família, na Rua Inácio Henrique Moreira. 

“Segundo testemunhas, eram dois homens que chegaram a pé e atiraram somente contra ele (Florisvaldo). Não foi anunciado assalto”, afirmou o tenente Mário Tonini, da 2ª Companhia do 5º Batalhão da Polícia Militar. “Havia um carro próximo ao local, possivelmente utilizado pelos atiradores na fuga. Não temos pistas ainda sobre a autoria. Provavelmente foi um crime de execução”. 

O cabo Bruno não chegou a ser socorrido e morreu no local. Segundo a polícia, nada foi levado dele ou dos familiares. Não havia câmeras na rua para gravar a ação criminosa, o que deve dificultar o trabalho da polícia. A perícia esteve no local do crime e recolheu 18 cápsulas de pistola ponto 40 – mesmo calibre utilizado pela Polícia Militar – e outras calibre 380. 

O caso está sendo investigado pela equipe do 1º Distrito Policial de Pindamonhangaba. Florisvaldo de Oliveira havia deixado a penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, a P-2, de Tremembé, no interior paulista, após cumprir 27 anos de prisão. 

O velório está ocorrendo na Santa Casa de Pindamonhangaba. O enterro será na cidade de Catanduva, no cemitério Nossa Senhora de Fátima, sem horário definido. 

OS CRIMES – Ele foi condenado por participação em mais de 50 assassinatos na década de 1980 na capital paulista, quando integrava um grupo de extermínio. Nos anos de cárcere, converteu-se ao cristianismo, tornou-se pastor evangélico e se casou com uma cantora gospel. 

Condenado a 120 anos de prisão, o cabo foi beneficiando com o indulto pleno da pena no dia 23 de agosto, por bom comportamento. O assassinato foi registrado no Distrito Policial Central de Pindamonhangaba, onde será investigado.