Há 56 dias sem chover, a estiagem já começa a prejudicar a produção de alimentos como legumes, frutas e verduras na região. E o reflexo chega ao bolso do consumidor.

O produtor e feirante há 35 anos na região de Dracena, Milton Moura explica que legumes como jiló, vagem, couve-flor, pimentão verde, amarelo e vermelho estão apresentando redução na produção por conta da estiagem e, com isso, foi necessário aumentar o preço desses produtos. 

O campeão de aumento de preço é o quiabo que aumentou mais que 100% nas últimas semanas. O quilo era vendido a R$ 3, atualmente o consumidor compra por R$ 7. 

O pepino também teve o preço reajustado, dobrou e já está sendo encontrado por R$ 3, o quilo.

Milton pontua que os alimentos de folhas verdes estão com os valores estáveis, e a qualidade a baixa do esperado, contudo, a estimativa é que começará a faltar nas próximas semanas. “Por causa do calor e a falta de chuva as folhas começam a ficar amarelas, registrando queda na procurar de 30%”.

E para não ficar sem ter o que oferecer ao cliente, o produtor explica que está sendo necessário comprar alimentos da Ceagesp em São Paulo, porque até mesmo na companhia de Presidente Prudente está difícil encontrar os produtos.

“O produtor já está acostumado com o tempo seco nesta época do ano que dura de agosto a setembro. Há anos é o mesmo problema, e quem sofre com isso são os consumidores que para não gastar muito compram somente o que precisam e em pouca quantidade”.

O reajuste também é confirmado por alguns supermercados de Dracena. No setor de hortifruti, as mercadorias estão mais caras aos consumidores.

Segundo informações do encarregado de compra da feirinha dos Supermercados Troyano, Valdinei Batista, o limão é o que mais sofreu a alteração nos últimos dias.

O consumidor podia levar para casa por R$ 0,40 o quilo, e hoje tem que desembolsar R$ 1,75. “A tendência é aumentar ainda mais na próxima semana. Há mercadorias que estão difícil de encontrar para abastecer as prateleiras e quando encontramos a qualidade é inferior”.

A qualidade dos produtos está sendo um grande problema, a banana maça que manteve o preço está sendo encontrada com a aparência mais ‘empedrada’. Há semanas em que a berinjela não é encontrada na feirinha do supermercado. O preço que está em torno de R$ 1,65 (preço de custo), antes era comprado por até R$ 0,80.

Outro alimento que não fica atrás dos demais é a cenoura que está sendo encontrada a R$ 2, o quilo. O tomate saladete que sofreu uma alteração drástica no preço do quilo há dois meses continua sendo comprado pelo fornecedor a R$ 3,70.