Prefeitos e dirigentes do setor da Saúde da microrregião de Dracena assinaram ontem, 12, em Junqueirópolis, o protocolo de adesão ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) que está em fase de implantação na região de Presidente Prudente e irá atender uma população com cerca de 750 mil moradores em 45 cidades.
O diretor de planejamento do Departamento Regional de Saúde (DRS), de Presidente Prudente, médico Jorge Cerávolo explicou aos prefeitos e dirigentes de Saúde de 11 municípios da microrregião de Dracena, como funciona o SAMU e a forma de participação dos municípios para atendimento da população pelo Serviço.
O custo de adesão ao SAMU para os municípios é de R$ 0,80 por habitante/mês, verba que será utilizada no pagamento de médicos que estarão atendendo 24 horas por dia, auxiliares de enfermagem, além da manutenção de ambulâncias, central de atendimento, sistemas de telefonia, rádio e equipamentos como desfibriladores para casos clínicos de urgência.
As chamadas para a central do SAMU serão feitas pelo fone 192. Segundo Cerávolo podem ser feitas por qualquer cidadão, de sua casa, do local de trabalho, das escolas e das ruas. Os atendimentos incluem casos clínicos, traumáticos (acidentes), cirúrgicos, de obstetrícia, psiquiatria, entre outros.
“Dependendo do caso, na central do SAMU, o paciente será atendido por uma enfermeira ou um médico que fará avaliação qual o transporte será utilizado e o hospital ou UPA (Unidade de Pronto Atendimento) será conduzido, é um sistema muito rápido e resolutivo para o paciente”, explicou o médico.
TRANSPORTE – O transporte do paciente pelo SAMU é feito de duas maneiras: por unidades de suportes básicos, que são ambulâncias com motorista e auxiliar de enfermagem e as unidades de suportes avançados que além do auxiliar de enfermagem conta com um médico. As duas unidades são equipadas com aparelhos para atendimentos emergenciais, como desfibriladores.
Serão 28 ambulâncias de suporte básico, outras cinco de suporte avançados distribuídos nos 45 municípios e uma central de regulação que será instalada em Presidente Prudente.
UPAS – As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) integram o programa dos SAMUs e serão implantadas cinco na região de Presidente Prudente, uma delas em Dracena. “As UPAs darão suporte de atendimento aos pedidos feitos na central do SAMU”, reiterou Cerávolo.
Segundo o diretor de planejamento, o paciente poderá permanecer um tempo na sala de estabilização da UPA até ser definida qual a conduta médica. As UPAs também terão médicos 24 horas por dia.
O diretor municipal de Saúde de Junqueirópolis, Jorge Chihara que representa a microrregião no Colégio Gestor Regional da Saúde, informou que o SAMU representa um avanço no atendimento dos pacientes, pela agilidade e eficiência no serviço. Ele explicou que o programa receberá recursos do Governo Federal, mas serão insuficientes. Cerca de 60% dos custos serão subsidiados pelos municípios, por isso, a cobrança dos R$ 0,80 por habitante ao mês.
Chihara afirmou ainda que por enquanto o Governo Estadual não está repassando recursos para este programa de atendimentos de urgência e emergência e, se isso ocorrer, a cobrança dos municípios poderá reduzir até R$ 0,40 por habitante ao mês.
A implantação do SAMU na região ainda não tem prazo definido e depende também da formação de um consórcio intermunicipal para administração financeira e técnica.
MUNICÍPIOS – Assinaram os termos de adesões, ontem, os prefeitos de Tupi Paulista, João Ferracini; São João do Pau D’Alho, Dinael Perli; Irapuru, Antonio Donizeti Cícero; Nova Guataporanga, Policarpo dos Santos Freire e Monte Castelo, Francisco Suares de Lima.
Segundo Dinael Perli, os principais pontos positivos do SAMU são a rapidez no atendimento e o acompanhamento de um médico no transporte do paciente. “Representa um avanço para os municípios da região, um custo-benefício que vale a pena para a população”, afirmou o prefeito, explicando que hoje o custo de um médico para acompanhar o transporte de um paciente é de R$ 750 em média.
Policarpo dos Santos Freire, de Nova Guataporanga, também aprovou o novo sistema de atendimento. “O SAMU será importante para a população que será transportada com acompanhamento de profissionais da saúde e de forma ágil, hoje para conseguir um atendimento médico de urgência em um grande centro é necessária a autorização da central de vagas e isso na maioria das vezes é muito demorado, o SAMU já deveria ter sido implantado na região”, concluiu.