Pais que mantêm vigilância constante ao comportamento dos filhos, principalmente na faixa etária de um a quatro anos, ajudam a evitar acidentes com ingestão de objetos estranhos. Segundo dados da Secretaria da Saúde de São Paulo, por dia, pelo menos 50 pessoas são atendidas em prontos-socorros e ambulatórios públicos por terem aspirado algum tipo de objeto, a maioria crianças.

 Moedas, peças minúsculas de brinquedos, pilhas, medicamentos, tampas de caneta são os mais comuns na lista de objetos estranhos engolidos pelos pequenos, muitas vezes por falta de assistência e supervisão dos pais ou responsáveis. O alerta é do pediatra e diretor do Hospital Infantil Darcy Vargas, na zona sul da capital, Sérgio Sarrubo.

 Para evitar esses episódios, que podem inclusive levar à morte, o médico diz que é imprescindível respeitar a faixa etária recomendada pelos fabricantes de brinquedos nas embalagens. Com relação aos alimentos, a orientação é oferecer de forma adequada, em pedaços pequenos ou desfiados, mantendo sempre a supervisão. “Mesmo com arroz ou feijão a criança pode engasgar”, avisa Sarrubo.

 O que fazer?

Segundo o pediatra, se a moeda desce diretamente pelo canal do estômago, será eliminada por vias naturais, porém, os pais devem prestar atenção para ver se o objeto é realmente eliminado em um período de 12 horas a cinco dias. “Caso isso não ocorra, devem procurar um serviço médico”, afirma.

 O quadro mais grave é quando o objeto vai para o pulmão e causa obstrução, podendo provocar até uma parada respiratória. Como primeiros socorros, o médico Sérgio Sarrubo orienta os pais a tentar tirar o objeto com os dedos ou abraçando pelas costas, fazendo pressão sobre o estômago. E seguir para o serviço de saúde mais perto de casa. Na necessidade de intervenção médica, a retirada do objeto é feita por endoscopia.