A União Europeia (UE) apoia a decisão do governo do presidente Juan Manuel Santos de buscar um acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A chefe da Diplomacia da UE, Catherine Ashton, elogiou a iniciativa ao dizer que é uma “janela de oportunidade única” para acabar com o conflito no país. Há quase meio século os colombianos vivem sob clima de confrontos entre os guerrilheiros e as forças do governo.

Em comunicado divulgado ontem (4), Ashton apelou para que o acordo encerre o conflito armado na Colômbia que, segundo ela, “infligiu dano indescritível ao povo colombiano”.

“[As Farc] devem aproveitar o momento para assumir a responsabilidade e demonstrar sinceridade, terminando com os ataques e as violações do direito humanitário internacional”, diz o texto. “A oportunidade de construir a paz e dar segurança e prosperidade a todos os colombianos não deve ser desperdiçada”.

Ontem, Santos anunciou que o governo colombiano e a guerrilha vão iniciar, em outubro, negociações de paz em Oslo, na Noruega, após terem discutido os termos de um acordo em que se comprometem a acabar com o conflito armado. A segunda etapa das negociações deverá ocorrer em Havana, Cuba.

As negociações foram batizadas de Acordo Geral para o Fim do Conflito e são resultado de seis meses de discussões em Havana, com o apoio dos governos de Cuba e da Noruega, além da Venezuela e do Chile. O acordo estabelece o cumprimento de cinco pontos, como a eliminação de risco de prisão para os cerca de 10 mil guerrilheiros e a reinserção deles na sociedade colombiana.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa