Em menos de 24 horas de investigação, a equipe das Delegacias de Investigações Sobre Entorpecente (DISE) e da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) conseguiram esclarecer que o corpo encontrado na segunda-feira (8) à tarde, em um córrego nas proximidades do recinto da Fapidra é de uma mulher que foi brutalmente assassinada por enforcamento.

A vítima é Ana Paula Camilo Teodoro, a Paulinha, de 26 anos, garota de programa, que veio de Marília e atualmente morava em Dracena.

A investigação chegou até Idegar Alves Carneiro Junior, de 29 anos, vulgo Carneiro ou Juninho, morador do bairro Metrópole. Ele confessou que matou Paulinha, por causa de quatro pedras de crack que havia escondido às margens do córrego e que parte da droga ela consumiu.

Idegar disse que estava drogado e muito irado, com isso, discutiu com a vítima, vindo a enforcá-la com um biquíni.

Ele confessou ainda que enrolou a tira do biquíni no pescoço da mulher e usando de força a enforcou.

Segundo Ildegar, o local estava muito escuro, já passava das três horas do último sábado (6). Confessou ainda que percebendo que Paulinha perdera os sentidos a jogou dentro do córrego que passa ao lado do recinto.

Idegar afirmou à polícia que por causa do enforcamento acreditava que a mulher já estivesse morta, mas para garantir o crime jogou a de cabeça para baixo na água, pois se a mesma respirasse morreria afogada. Ressaltou que agiu sozinho no crime que cometeu, porque a vítima tinha furtado e consumido duas pedras de crack dele que havia escondido a beira do córrego. 

Após matar a mulher, Idegar confirmou que foi embora para a casa dele onde comentou o que fez com a mãe e com o irmão que não acreditaram naquilo.

Ontem foi procurado por investigadores da DISE/DIG e decidiu confessar a autoria do homicídio.

Idegar disse que usa crack desde os 13 anos e há quatro meses conheceu Paulinha e com ela fazia o uso da droga. Afirmou que Paulinha sabia onde tinha o costume de esconder a droga e que no momento que cometeu o crime agindo sozinho estava “cheirado” e havia consumido pinga.

Sobre Paulinha, o assassino disse à polícia que ela tem familiares em Marília e aqui em Dracena morava na rua e passava as noites em um laticínio abandonado no distrito industrial.

Idegar esclareceu que não abusou sexualmente da vítima e quando a mesma foi encontrada morta sem roupa íntima é porque a mesma por ser garota de programa não tinha o costume de usá-las.

Disse estar arrependido por ter matado Paulinha e que cometeu o crime por causa do furto das duas pedras de crack.

Ontem mesmo, Idegar foi até o local do crime onde mostrou aos policiais como cometeu o assassinato.

Ele tem várias passagens pela polícia, inclusive uma delas por tentativa de homicídio.

Os delegados Wagner Storti (DISE)  e André Luengo (DIG) trabalharam no inquérito e nas investigações e pediram a Justiça a prisão temporária.

Por volta de 19h20 de ontem, o investigador Rodrigo Freitas informou à redação que a Justiça havia decretado a prisão temporária de 30 dias contra Idegar Alves Carneiro.

Segundo ele, após esse período, a polícia terminará o inquérito sobre o caso e pedirá a prisão preventiva contra o acusado do crime, fazendo com que ele permaneça preso até o julgamento.