Esquema superado
Ao contrário dos grandes colégios eleitorais, os votantes de Dracena não estão nem aí para a propaganda gratuita das emissoras de rádio. Não chegou a 2%, segundo enquete desta folha, o número de moradores que votaria para prefeito ou vereador, com base nas propostas apresentadas, através dos microfones. Por outro lado, números preocupantes: a mesma percentagem de 46,83% divide aqueles que votariam baseado no plano de governo apresentado pelo candidato ou por ter amizade com ele.
Lei seca
De alguns anos para cá, as autoridades aboliram a ingênua proibição da venda de bebida alcoólica, no dia das eleições. Como o brasileiro adora desafiar as instruções do andar de cima, muita gente fechava o domingo de porre. Determinados bares vendiam cachaça em bules de café e serviam generosos copos de laranjada misturada com vodca, algumas de qualidade bem duvidosa.
Em casa
No século passado, no dia de uma eleição, um delegado de polícia que era chegado a uma cachaça e a uma cerveja, chegou ao boteco de que era freguês preferencial. Pedindo discrição ao dono do estabelecimento, foi encaminhado a uma dependência “secreta”. Ao entrar, foi saudado por aqueles que haviam chegado mais cedo: – Seja bem-vindo, doutor, o senhor demorou!
Não vê a hora
Um nosso conhecido que se aventurou a pleitear uma vaga câmara local, sonha com as cinco horas da tarde de domingo, quando se encerra a votação. Cético com relação a seu desempenho nas urnas, diz que se cansou de beijar criancinhas, pagar pastel na feira e patrocinar costela para indivíduos que até então não conhecia. E jurou para a mulher e para os filhos: política, nunca mais.