Os estudantes de escolas públicas e privadas conquistaram espaços de prestígio com suas experiências e descobertas durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que ocorre até domingo (21) em todo país. Em Brasília, uma série de práticas científicas desenvolvidas pelos alunos pode ser vista nas áreas de sustentabilidade, economia verde e erradicação da pobreza, no ExpoBrasília, no Parque da Cidade.
Pela primeira vez, alunos da Educação para Jovens e Adultos (EJA) do Centro Educacional 6 de Ceilândia, cidade localizada a 26 quilômetros de Brasília, expõem formas alternativas de produção de energia. O estudante Sebastião Mendes, de 60 anos, não escondia a emoção de mostrar ao público suas descobertas científicas.
“A maior moeda de troca do homem é o conhecimento. Eu me sinto muito orgulhoso de poder estar aqui apresentando o trabalho junto com os colegas. Isso aqui é uma porta para o conhecimento”, disse Mendes, que voltou a estudar aos 56 anos e faz planos para o ensino superior.
Os alunos do 4º ano da Escola Classe 55 de Ceilândia, por exemplo, apresentaram o separador de material reciclável. O projeto foi desenvolvido por três meses em sala de aula durante as discussões sobre reciclagem. A estudante Isabela Autino, de 10 anos, é uma das mais entusiasmadas com o projeto.
“É uma esteira que tem três detectores: um para plástico, outro para vidro e o terceiro para metal. Quando a gente coloca essas coisas aqui na esteira, o sensor aciona a alavanca que empurra o material para um cesto específico”, disse a menina, que sugere que o projeto seja adotado pelas cooperativas de coleta de material reciclável. “Com o equipamento, os coletores não correriam o perigo de se cortar e facilitaria o trabalho”, acrescentou.
No Colégio Adventista Milton Afonso, a preocupação dos estudantes é com o uso racional da água. Os alunos da escola montaram uma estrutura voltada pela economia da água e energia. Uma das maquetes construídas pelos estudantes do 3ª ano do Ensino Médio mostra como uma casa pode reaproveitar a água da chuva, por meio de calhas e um reservatório.
O estudante João Oliveira, de 14 anos, contou que todos os projetos foram desenvolvidos no clube de ciências da escola. “Trabalhamos para essa apresentação ao longo do ano, pensando em poder participar da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Fico muito feliz em poder contribuir e ajudar outros estudantes que estão aqui visitando”, disse.