A empresa Google tem quatro meses para mudar a forma de acumular informações pessoais de seus usuários da União Europeia (UE). O prazo foi definido hoje (16) pelas autoridades do bloco, que querem que a empresa garanta mais privacidade aos usuários.
Desde março, os dados de usuários coletados pelo YouTube e Gmail – serviço gratuito de e-mails –, foram agregados para refinar os critérios de publicidade direcionada.
Apesar de a empresa informar que a política de privacidade está de acordo com as exigências da UE, os europeus dizem que a decisão não atende à legislação do bloco por não deixar claro aos usuários como seus dados serão coletados e usados e por quanto tempo serão retidos.
Em março deste ano, o Google foi notificado, no Brasil, pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça, que pediu mais detalhes sobre as mudanças na política de privacidade do site.
O DPDC exigiu informações sobre o processo de revisão da política de privacidade e sobre a manifestação da sociedade e dos consumidores sobre a mudança. O governo brasileiro também questionou se há alternativa para aqueles que desejam utilizar os diversos produtos, como o Gmail, o Google+, o YouTube, sem que haja uma interconexão de seus dados pessoais.
Representantes da empresa informaram, na época, que a nova política não alterava configurações já existentes de privacidade ou o modo como suas informações pessoais eram compartilhadas fora do Google. A empresa ainda declarou que as informações adicionais sobre os usuários não seriam coletadas e que os dados pessoais não seriam comercializados.