A dengue é uma doença infecciosa aguda, causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti infectado, que se desenvolve em áreas tropicais do mundo devido as condições do meio ambiente favorecerem seu desenvolvimento e proliferação. Ao contrário do mosquito comum que pica durante a noite, o mosquito pica durante o dia, sendo comum que as epidemias da Dengue ocorram no verão, ou após períodos chuvosos.

A infectologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, dra. Ivelise Giarolla explica, “O mosquito transmissor prolifera-se em qualquer lugar onde há água parada, tais como caixas d’água, latas, pneus, cacos de vidro, vasos de plantas entre outros”. A transmissão ocorre, quando o mosquito é infectado após o contato com uma pessoa doente, transmitindo-a uma pessoa sadia.

Existem dois tipos de dengue: a clássica e a hemorrágica. “A dengue clássica é uma doença que em mais de 95% dos casos, causa desconforto e transtornos, sem colocar em risco a vida do paciente. Após a picada do mosquito, os sintomas se manifestam a partir do terceiro dia, como febre alta, dor de cabeça, fraqueza, dores musculares, enjoo e vômitos”, explica a médica.

A dengue hemorrágica é uma forma grave da dengue clássica e é rara. “Nela ocorre um agravamento do quadro clínico da dengue clássica com sangramento pelo nariz, boca ou gengiva com manchas vermelhas na pele. Esta situação pode evoluir para um colapso circulatório, choque, e pode levar a pessoa à morte” esclarece a Infectologia. O diagnóstico da dengue pode ser clínico e laboratorial, existindo quatro tipos diferentes de vírus da dengue.

O tratamento da doença alivia os sintomas, e a ingestão de líquidos tem papel importante na recuperação, “O paciente deve se manter em repouso, beber muito líquido, e só utilizar medicamentos prescritos por médicos para aliviar as dores e a febre. É comum que ocorra durante alguns dias uma sensação de cansaço, que desaparece completamente com o tempo”, orienta a infectologista.

O combate à Dengue é em sua maioria de prevenção, evitando que os locais se tornem criadouros de larvas. “É necessário evitar que objetos no jardim ou expostos ao ar livre se tornem recipientes de água. Nestes casos é importante que os objetos sejam cuidadosamente limpos e tampados. Não adianta apenas trocar a água, pois os ovos do mosquito ficam fixados nas paredes dos recipientes”, explica a profissional.

Seguem algumas dicas da dra. Ivelize Giarolla para evitar que o mosquito se prolifere: substituir a água dos vasos das plantas por terra e esvaziar o prato coletor, lavando-o com auxílio de uma escova; utilizar água tratada com água sanitária para regar as plantas duas vezes por semana; não deixar acumular água nas calhas do telhado; acondicionar o lixo domiciliar em sacos plásticos fechados ou latões com tampa; tampar cuidadosamente caixas d’água, filtros, barris e tambores; não deixar expostos à chuva pneus velhos ou objetos que possam acumular água (latas, garrafas, cacos de vidro etc.). Em locais de maior ocorrência dessa doença, deve-se usar, sempre que possível, calças, camisas de manga comprida e repelente contra insetos. “Pessoas que estiveram em área de risco e que apresentarem febre durante ou após a viagem devem procurar um Serviço de Saúde mais próximo”, finaliza a profissional.