Ontem (15), no período da manhã, cerca de 30 integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) participaram de uma reunião com a gerente da agência de Dracena da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

Eles pedem que a Cetesb libere a licença ambiental da fazenda Retiro (divisa entre Mirandópolis e Pacaembu) para que as 26 famílias, que se encontram acampadas na beira da estrada, possam ocupar a fazenda juntamente com outras 152 famílias que já estão produzindo dentro desta área.

Segundo informações de umas das assentadas, Genilde Félix, há 13 anos os integrantes do MST ocuparam esta área e em 2010, a fazenda Retiro começou a fazer parte do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), no entanto, a licença ambiental está embargada pela Cetesb. “Está é a terceira vez que tentamos através de reunião conseguir a liberação dessa licença. Estamos vivendo debaixo de lona em situações precárias”, diz Genilde.

A assentada conta que as cestas básicas recebidas pelo Incra foram canceladas desde julho de 2012 por motivos desconhecidos. Sem a licença ambiental os assentados não podem construir nenhum tipo de infraestrutura como, por exemplo, casas e estradas para o ônibus entrar e pegar as crianças para irem às escolas. “As crianças estão tendo que acordar 3h ou 4h da manhã para pegar a condução na estrada de asfalto, porque quando chove não tem ônibus que entra na estrada de terra e quando retornam para casa, elas chegam por volta das 19h”, afirma um dos assentados.

Com muita dificuldade, os assentados estão sobrevivendo com água potável vinda uma vez por semana no acampamento através de caminhão pipa da Prefeitura de Mirandópolis.

A gerente da agência da Cetesb de Dracena, Lídia Regina Prota informou que estará imitindo de 15 a 30 dias a licença ambiental prévia.

Os assentados ficaram revoltados com a posição da Cetesb por não resolver o problema em menos dias e discutiram a hipótese de fazer um acampamento em frente a sede da Cetesb em Dracena.