O Palmeiras terá a partir desta terça-feira um novo presidente que comandará o clube no biênio 2013-14 após uma eleição que será histórica na noite desta segunda: pela última vez o mandatário do clube quase centenário será escolhido em voto dos cerca de 300 conselheiros, já que a próxima eleição terá participação direta dos sócios.

Na disputa estão o professor e gerente de publicidade Décio Perin, de 72 anos e conselheiro do clube desde 1985, e o empresário do mercado financeiro e piloto de rali Paulo Nobre, de 45 anos e membro do Conselho Deliberativo desde 1997.

Perin tem os apoios dos ex-presidentes Affonso Della Monica (2005-06 e 2007-08) e Luiz Gonzaga Belluzzo (2009-10). Viu também Wlademir Pescarmona se juntar na mesma base depois de cogitar uma candidatura própria. Pessoas ligadas ao candidato falam numa vitória decidida por algo entre 10 e 20 votos – o site oficial dele afirma que 132 conselheiros estiveram numa reunião na noite da última quinta-feira.

Já Nobre conta com os votos do grupo de Mustafá Contursi. Segundo publicou a Folha de S. Paulo neste domingo, o grupo do candidato mais jovem imagina uma vitória por uma margem de 30-50 votos. Conselheiros ligados a ele falam em cerca de 170 presentes em encontros na última semana.

No futebol profissional, a primeira missão do novo mandatário será de reforçar o time que já disputa o Campeonato Paulista e ainda tem Libertadores, Copa do Brasil e Série B pela frente. Neste momento de transição, todas as operações financeiras do Departamento de Futebol têm de passar pelo Conselho de Orientação e Fiscalização (COF), e o técnico Gilson Kleina não recebeu nenhum jogador em 2013.

 

Na gestão Arnaldo Tirone, que termina nesta segunda-feira, foram 25 jogadores contratados e 39 dispensados. Ele preferiu não tentar a reeleição depois de se ver num momento conturbado do clube que caiu para a segunda divisão – a principal torcida organizada (Mancha Alviverde) prometeu uma grande manifestação para esta segunda-feira onde deve, mais uma vez, criticar a gestão que está acabando. No último jogo, como de costume nos últimos meses, o nome do presidente foi xingado assim o árbitro apitou o fim do empate sem gols contra o Bragantino.