A fiscalização das novas regras de regulamentação dos motoboys foi prorrogada mais uma vez, depois que SindimotoSP (Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas de São Paulo), Contran (Conselho Nacional de Trânsito) e Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) acordaram em reunião realizada nesta terça-feira (5), em Brasília, que um plano de execução da fiscalização será apresentado em novo encontro.

O assunto foi discutido na presença do ministro-chefe da secretaria geral da presidência da república, Gilberto de Carvalho.

Na próxima reunião, marcada para o dia 20 de fevereiro, será apresentado ao Contran um documento que detalha o plano. Dele, deve sair uma resolução na qual estarão definidas metas de execução da fiscalização de acordo com a realidade de cada Estado.

Dessa forma, a blitz punitiva fica suspensa até o dia do próximo encontro.

Uma vez que não há um documento oficial acerca do encontro desta terça-feira, o presidente do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) de São Paulo, Daniel Annemberg, deve entregar às autoridades paulistas uma proposta de prorrogação da fiscalização educativa no Estado até o da data da próxima reunião.

A expectativa da categoria é de que o Detran aceite a proposta, de acordo com o SindimotoSP.

Motoqueiros

A categoria diz apoiar as novas medidas de segurança impostas pela Lei Federal 12.009, que disciplina o motofrete no Brasil, mas pede que o Denatran cobre dos municípios adequação nas cidades do Estado, uma vez que há poucos lugares oferecendo o curso capacitação de 30 horas exigido pelo departamento.

A falta de equipamentos oferecidos pelo setor de motopeças e a desinformação de trabalhadores da categoria a respeito das novas exigências também são motivos alegados pelos motofretistas e mototaxistas.

O sindicato da categoria diz que, em todo o Estado, há 50 locais autorizados a ministrar o curso para cerca de 500 mil motofretistas.

Eles também dizem que a emissão de documentos também é dificultada pela prefeitura da capital. Outro problema apontado é o alto custo para se adequar às regras. De acordo com os números da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e do Detran, até agora, somente 7% dos motofretistas da capital cumprem a legislação.