O impasse entre o provedor da Santa Casa de Presidente Epitácio e a Câmara Municipal continua. Isso porque a instituição se nega a prestar contas detalhadas ao Legislativo, que apura denúncias de falta de médicos e atraso no pagamento de funcionários.

No final do mês passado, os vereadores apresentaram um pedido de informaçõessobre como são utilizados os recursos investidos pelo Estado e pelo município na instituição.  Porém, a resposta entregue na última sessão, realizada na última sexta-feira (15), não deixou a Casa satisfeita. 

“O provedor mandou a contabilidade na íntegra, mas precisamos dela detalhada. Ou seja, o que foi arrecadado no ano, o que foi recebido, os proventos que a Santa Casa teve para que a gente faça uma análise e veja se o dinheiro que a Prefeitura está mandando está sendo bem utilizado”, explica o vice-presidente da Câmara, Tiago da Silva Junior.

O Legislativo pretende agora acionar o Ministério Público para conseguir acesso às informações. “A gente vai fazer um requerimento pedindo a auditoria total da administração da Santa Casa”, afirma.

A reportagem do TV Fronteira foi até o hospital, mas a informaram de que o provedor não estava na instituição. A produção da emissora entrou em contato com o provedor da Santa Casa, Antônio José Saraiva Marques, por telefone. Ele disse que não gravaria entrevista sobre o assunto e que já fez tudo o que deveria.

Ele ainda afirmou que não tem obrigação de prestar informações à Câmara e que o Legislativo pode ter acesso aos números na Prefeitura.

Diante da situação, o presidente da Câmara informou que vai procurar ainda nesta segunda-feira (18), no Fórum da cidade, o pedido oficial de prestação de contas para encaminhar ao MP, que tem poder de fiscalização.

Já o secretário de Finanças da Prefeitura, Agnaldo Oliveira de Jesus, disse que o repasse de verbas para a Santa Casa aumentou esse mês em R$ 40 mil, por solicitação da Provedoria: passou de R$ 210 mil para R$ 250 mil. A prestação de contas para a Prefeitura deve ser feita até o 15º dia útil do mês e, até o final de semana, segundo ele, não havia sido entregue ao Executivo.