A engenheira agrônoma Adriana Secco Brigatti participou como uma das autoras do livro “Seringueira” publicado pela Unesp – Campus de Ilha Solteira – e organizado pelos professores doutores Enes Furlani Junior e Paulo de Souza Gonçalves.
A obra aborda diferentes assuntos sobre a Heveicultura tais como: melhoramento genético, fatores climáticos, preparo do solo e instalação, pragas, doenças, explotação, coleta e armazenamento dentre outros.
Brigatti colaborou com o capítulo que discorre sobre a Ecofisiologia da Seringueira. Segundo a agrônoma, são vários os fatores ambientais que influenciam no desenvolvimento e produtividade da cultura. Como exemplo, cita a temperatura, umidade, radiação solar, vento, solo, nutrição, micorrizas, relações hídricas, dentre outros.
A borracha natural é um produto de múltiplas utilidades. Existem indicadores de que a demanda pelo produto será muito maior do que sua oferta, principalmente a partir do ano de 2020 quando a produção mundial estará prevista para 9 milhões de toneladas diante de um consumo de 12 milhões de toneladas.
O Brasil é atualmente responsável por apenas 1% da produção mundial, o que é insuficiente para o consumo interno, forçando a importação de cerca de 60% da borracha consumida no país.
Além do látex, a madeira é um outro produto a ser explorado quando as plantas entram em declínio de produção, sendo uma fonte alternativa de renda ao produtor e uma prática atrativa do ponto de vista ecológico.
A cultura da seringueira representa uma boa opção de diversificação nas propriedades rurais. Dados da CATI – EDR Dracena demonstram que a região possui 738.400 plantas, o que representa uma renda de R$ 7.926.240 em produção de látex. Como a explotação (sangria) ocorre normalmente a partir do sétimo ano, pode-se realizar plantio consorciado visando utilizar a área das entre-linhas de plantio, minimizando os custos de implantação e manutenção da cultura.
De acordo com a análise econômica publicada no livro, o maior índice de lucratividade da heveicultura dá-se no sistema de parceria, em que o produtor recebe 60% do lucro operacional e o parceiro, responsável por todas as operações manuais, fica com os 40% restantes do lucro operacional.
Além de atuar como assistente agropecuário da Casa da Agricultura de Junqueirópolis, Brigatti também é professora das Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI) e inspetora do CREA Dracena.
SERVIÇO – A obra poderá ser adquirida pelo endereço: Universidade Estadual Paulista – Unesp – FEIS, Av. Brasil, Nº 56 – Centro – Ilha Solteira – CEP 15385-000. Telefone: (18) 3743-1181