Alexandro Auler/Agência O Globo
Grande coluna de fumaça em incêndio que atinge depósito de combustíveis em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (23)
O secretário estadual do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, afirmou nesta quinta-feira (23), em entrevista à “GloboNews”, que a empresa Petrogold,, cujo depósito de combustível se incendiou em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, tinha vazamento de óleo e estava adulterando combustível em julho de 2012.
Segundo Minc, no mesmo quarteirão onde fica a distribuidora de combustível, no Jardim Primavera, há ao menos três depósitos de armazenamento e distribuição de combustíveis. Ele diz que a região é alvo da máfia de adulteração de combustíveis.
Há pouco menos de um ano, em julho de 2012, a Polícia Federal, a Secretaria de Proteção do Meio Ambiente, o Inea (Instituto Estadual do Ambiente) e a DPMA (Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente) flagraram e autuaram três desses locais que operavam sem licença de funcionamento e com irregularidades, entre eles, o depósito da Petrogold.
“A região está muito vulnerável, tem máfia de combustível e empresas de reprocessamento de óleo que jogam combustível em rios da região”, disse Minc. Foram vistoriados na ocasião os três locais. A distribuidora Petrogold operava sem licença do Inea e foi autuada por crime de poluição. Cerca de 500 mil litros de combustível foram apreendidos e a responsável pelo local foi levada à delegacia para prestar esclarecimentos.
“O combustível estava sendo armazenado de qualquer forma, sem as devidas medidas de segurança. Isso pode causar graves danos ao meio ambiente. Dois caminhões com 27 mil litros de álcool anidro, cada, foram encontrados vazando o fluído no terreno, podendo contaminar o solo e o lençol freático. Isso é crime previsto na Lei 9.605/98 e eles vão ter que pagar por isso”, explicou Minc na época. O valor da multa não foi informado.
A quantidade estocada de álcool anidro pela Petrogold, produto usado para adulterar gasolina, chamou a atenção do delegado de Meio Ambiente da PF, Fábio Scliar. “A empresa não tem licença para esse tipo de atividade”, afirmou o delegado na ocasião.
O Inea informou ao UOL que está verificando a situação atual da empresa e apurando se ela entrou com recursos para continuar operando na região. (*Colaborou Carolina Farias)