O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, confirmou nesta sexta-feira o veto às caxirolas, chocalho criado pelo músico Carlinhos Brown e que foi apresentado como a “vuvuzela brasileira”. Segundo o político, uma análise técnica mostrou que o instrumento não é seguro e que, por isso, não poderá ser usado nos estádios da Copa das Confederações deste ano e na Copa do Mundo de 2014.
“Houve uma posição técnica da Secretaria Extraordinária de Segurança de Grandes Eventos sobre a segurança da caxirola. Do ponto de vista de segurança pública, viu-se que a caxirola não é adequada. Essa posição vai ser mantida e foi encaminhada à organização da Copa”, disse Cardozo.
Na segunda-feira, o COL (Comitê Organizador Local) já havia informado que a caxirola estaria proibida em jogos da Copa das Confederações. O veto estava baseado em um relatório preliminar da mesma Secretaria de Grandes Eventos.
Antes disso, no entanto, Dilma Roussef havia manifestado seu apoio à caxirola como instrumento oficial da Copa do Mundo-2014. “É mais interessante do que a vuvuzela”, afirmou a presidente do país, referindo-se às cornetas vistas nos estádios sul-africanos em 2010.
O instrumento virou debate depois que ele se tornou arma de protesto na Arena Fonte Nova, no fim de abril, no clássico entre Bahia e Vitória. Irritados com a má atuação do time tricolor, os torcedores atiraram as caxirolas no gramado, forçando os jogadores a retirarem os objetos do gramado, que fazia sua estreia em estádios brasileiros. A torcida do Bahia foi punida pelo episódio.
A repercussão negativa gerou protestos e, na segunda-feira, o COL anunciou que o instrumento estava vetado. Dois dias depois, no entanto, a empresa que fabricou as peças ainda mantinha esperanças de reverter a situação.
Em contato com o UOL Esporte, a empresa The Marketing Store anunciou que produziria uma versão mais leve e flexível do chocalho, para que ele fosse menos perigoso para os torcedores.